terça-feira, dezembro 26, 2006

:: Semana 12_ECS11 _ Grupo H


TEXTO FINAL - GRUPO H
Refletindo sobre o Sistema Educacional Brasileiro percebemos que há uma disparidade entre as redes de ensino básico, mas principalmente entre o ensino público e o privado, visto que a rede pública não consegue acompanhar a velocidade da rede privada.
Nós, como professores da rede pública somos testemunhas do sucateamento e desvalorização da mesma, que ocasiona uma grande falta de recursos, de estrutura e de recursos humanos. Principalmente nas redes estaduais existe uma defasagem muito grande de recursos e a classe trabalhadora docente é desmotivada pela falta de incentivo e valorização. Mesmo assim, luta constantemente para manter um bom nível educacional e a estrutura básica necessária para o funcionamento das escolas.
Como ter o mesmo nível da rede privada, elitista, normalmente mantida por alguma entidade economicamente privilegiada? Pensamos ser uma utopia muito distante pensar na igualdade entre as duas redes. Seria necessário termos governantes sérios, realmente engajados na vontade de tornar o povo cidadãos cultos, conscientes, com condições de fazerem suas próprias escolhas e lutarem por seus direitos. precisaríamos de políticos que pensassem a nação como um bem coletivo e fizessem de seus recursos verdadeiros meios de melhorar as condições de vida de toda a população e não recursos para encherem o próprio bolso.
Acreditamos que existam muitos interesses políticos e econômicos que mantém o sistema como está. Que os governantes sabem o que deve ser feito para melhorar, mas não conseguem enfrentar os interesses da elite dominante, da qual também fazem parte. O maior exemplo são os livros didáticos, pouco utilizáveis para a nossa realidade, lindos mas cheios de erros e concentrados na cutura da Região Sudeste. Até os livros sobre Porto Alegre são feitos nas editoras de São Paulo. Alguém deve ganhar um lucro exorbitante para produzí-los e outro alguém para mantê-los na listagem do Governo Federal.
Pensamos que todo sistema como está faz parte de uma rede bem estruturada que atende a grandes interesses econômicos, onde a educação pública é colocada em segundo plano como forma de manter as diferenças sociais e assim privilegiar a elite brasileira que continua com a concentração de renda. Os políticos, eleitos por este povo subjugado, poderiam mudar esta realidade mas não o fazem por também priorizarem seus privilégios. É triste pensar que vivemos numa nação gigante, de tanto potencial, mas onde a população é massacrada por maus governantes, que só amenizam seus privilégios quando esta população levanta sua voz.
Temos muitas dúvidas e questionamentos sobre as deficiências de aprendizagem encontradas na rede pública, principalmente nas escolas de periferia. Não queremos acreditar que o fator sócio-econômico tenha tanta relevância no desempenho do aluno, mas infelizmente percebemos a dificuldade dos alunos das classes menos favorecidas. Perguntamos se está ligado ao valor que a família dá para a educação, pois não percebe a escola como uma oportunidade de mudança, ou também às condições físico-intelectuais das crianças. Outro diferencial é que ao longo dos anos a escola pública diminuiu seu nível de exigência como fator de agregar esta comunidade, evitando tantas evasões e altos níveis de repetência.
Nós, professores, temos a incansável tarefa de mostrar aos educandos o valor da educação, a oportunidade que a escola proporciona de mudar sua própria realidade através de uma formação continuada que possibilite uma melhor qualificação individual.

Componentes do grupo:
Leila Maria Linck Wasum
Lisiane Walter Camargo
Nós duas fizemos o trabalho porque não ouve nenhum contato das outras componentes do grupo, nem no fórum nem por e-mail.


.:: comentários: