segunda-feira, outubro 09, 2006

:: Marcelo professor...


Mercelo professor...

Por que me tornei professor/a e como vivencio hoje o ser professor/a?

Tornei-me professor em 1992, por ocasião de um convite para ?tapar furo?. Fazia teatro a algum tempo, trabalhava em três grupos diferentes ? Cróton, Geração Bugiganga e Terreira da Tribo (Oi óis aqui otra veis). Estavamos fazendo um trabalho de pesquisa com o Geração Bugiganga em São Leopoldo e a turma de teatro adulta da então Fundação Cultural da cidade ficou sem professora. O responsável pela infantil assumiu a adulta e me indicou pra a turma infantil. Depois do susto, fui trabalhar e pesquisar muito. Nessa trilha pela educação descobri, Ingrid Koudela, Viola Spolin, Maria Clara Machado, Olga Reverbel, Augusto Boal e Paulo Freire... Bom, daí a minha cabeça virou... (risos).
Iniciei meio por acaso, meio empurrado, mas aos poucos fui descobrindo o que a educação pode fazer e como um professor pode ser responsável pela transformação social do país.
Em 1999, dei um passo maior, fui convidado a trabalhar com teatro no Colégio Luterano Concórdia dentro da grade curriculoar, não era projeto extra-classe e nem grupo de escola, era aula, com caderno de chamada, nota, conselho de classe... Aiaiaiai, meu Deus, baita desafio, para quem nunca tinha vivenciado isso, aos poucos fui aprendendo e logo ingressei no curso de magistério e as portas da sala de aula se abriram para um projeto utópico, a transformação do mundo. Em 2003 assumi o cargo de professor na cidade de Dois Irmãos e tudo o que aprendi no teatro, vendo e ouvindo Olga, Boal e Paulo Freire, mesmo bem velhinho, tento debater, contruir e discutir em sala de aula. Tenho objetivo de viver o ensino e não de passar o o conteúdo, brinco, brigo, debato, choro e sorrio com meus alunos, emociono-me quando eles e elas desafiam-me e eu tenho que pensar muito para dar-lhes argumentos convincentes sobre o que foi questionado.


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