quarta-feira, novembro 29, 2006

:: Versão Final -ECS 9 - H


ECS 9 H - Versão Final
Tânia Maria Cavalheiro Dutra Fabiane Velozo LealVersão Final - Grupo H - ECS 9O texto " O ensino e a educação da classe trabalhadora" apesar de um apanhado de obras e idéias escritas e propostas ao longo dos tempos, discute um tema, que se não observarmos as datas, parecem ter sido escrito na atualidade, a importância da educação na vida do cidadão e sua relação com o trabalho, e uma sociedade mais justa e igualitária.A história de luta da classe trabalhadora é longa e não começou hoje.A décadas os operários sem formação profissional trabalham como máquinas, que após o desgaste são substituídos e se sujeitam a baixos salários, as vezes insuficiente para a manutenção de sua vida familiar.A educação não é diferente, sua luta por mudanças tem sido ao lado da classe operária e com um objetivo comum, a transformação social e emancipação humana.Nunca foi interessante o investimento na educação, quanto menor o tempo de formação profissional,exigido para um trabalho, menor será o custo de produção do operário e mais baixo o preço de sua mão-de-obra, de seu salário.Na Inglaterra, a burguesia e o estado, de acordo com F. Engels, assegurava a classe trabalhadora somente a formação prática, substituindo o trabalho escolar e neutralizando as idéias religiosas e a moral em que se movia o ensino, considerando que as escolas em nada contribuiam para a moralidade da classe trabalhadora.O descontentamento com esses pensamentos, o desprezo pela classe do poder e a miséria, levaram a classe operária a enganjar-se em movimentos em pról de mudanças.Uma das reformas oferecidas pela burguesia foi a Educação Universal, com a formação de cada operário no maior número possível de atividades industriais, preparando-o para exercer qualquer função, o que em consequência, pela maior oferta de mão-de-obra, levaria a uma redução geral de salários.A educação Técnica da juventude era oferecida de forma descuidada, para manter as aparências, e as escolas de promoção para operários adultos pouco valorizada.Ao longo dos anos medidas fiscais foram tomadas com a finalidade de privar os pobres ao acesso ao ensino superior.Estudantes protestaram, foram presos ou exilados e as universidades fechadas.Formaram-se sociedades secretas, cujos membros era a juventude escolar russa, em maioria filhos de camponeses e pobres.Revoltas surgiram e com medo da influência das idéias dos estudantes aos camponeses, estes foram proibidos de ter acesso a qualquer função pública nas cidades e alguns professores exilados e seus cursos suspensos.Para o capitalismo o mestre-escola só era um trabalhador produtivo quando trabalhava não só para o desenvolvimento das crianças, mas também para enriquecer o dono da escola.Como será que nós professoras somos avaliadas hoje? Pela nossa cometencia ou por nossas idéias passivas e simpáticas, que nos calam quando nos confrontamos com idéias contrárias as nossas, porém dos superiores?Após muitas divergências, o sr Dühring apresentou um plano de estudo para as escolas e universidade, acreditando ele, estar o mesmo composto com tudo o que a juventude precisaria saber.Como base fundamental, fornecendo o núcleo de toda a educação ficariam as matemáticas, desde a numeração, adição até o calculo integral, a astronomia, a mecânica e a física. A botânica e a zoologia, com características descritivas serviriam de distração, e a quimica foi completamente esquecida.Buscando mudanças no aspecto estético do ensino, a poesia do passado não foi considerada e a religião proibida, assim como a filosofia foi entendida como algo que incomodaria o cidadão do futuro. Adotaram uma espécie de gramática universal, em forma de língua materna, e consideraram a língua estrangeira desnecessária, esquecendo a importância do entendimento das mesmas para os homens alcançarem uma visão do mundo que vaim além de suas fronteiras, sobrando então somente as regras técnicas da gramática.A escola pública do futuro não passaria de um sistema de ensino prussiano aperfeiçoado, retirando da formação técnica toda aplicação prática futura, todo sgnificado que se oferece a produção, ficando com uma finalidade meramente curricular.Os anos se passaram, será que somos nós a escola do futuro almejada? Nos são impostas tantas regras, tantos conteúdos para serem desenvolvidos,que as vezes não esquecemos nossos verdadeiros objetivos e acabamos ficando com uma finalidade meramente curricular?Em "Critica do programa de Gotha", Marx criticou o partido operário alemão que exigia educação popular geral a cargo do estado , assistência escolar obrigatória para todos e instrução gratuita.Acreditava Marx que a escola não deveria sofrer influência por parte do governo e da igreja, mas que sim deveria ser solicitado pelo meio legal que o mesmo fornecesse os recursos necessarios para que a escola desempenhasse seu papel, assim como a criação de escolas técnicas(teóricas e práticas) combinadas com as escolas públicas.A França diante de seu afundamento nacional e ruina financeira, e vendo na classe operária uma força popular, nomeou uma comissão encarregada de organizar o ensino primário e profissional, em que todos os instrumentos de trabalho escolar fossem administrados gratuitamente pelos professores, eliminando o ensino religiosos de todas as escolas públicas,introduzindo o ensino gratuito e dando o livre acesso da ciência a todos.Educação para todos e com a frequencia da criança na escola desde cedo, seria uma das medidas a serem tomadas para a eliminação da propriedade privada.Educação e trabalho produtivo andando lado a lado.Homens cujas faculdades se desenvolvessem em todos os sentidos e com condições de ter uma visão produtiva.Para se educar, os jovens poderiam rapidamente recorrer a todo sistema produtivo, passando por diversos ramos de produção, de acordo com as necessidades sociais.Segundo o modo comunista a sociedade organizada, dará a seus membros a oportunidade para desenvolver todos seus sentidos e aptidões, consequentemente desaparecerá todas as diferenças de classes.Para Marx seria necessário modificar as condições sociais, para criar um novo sistema de ensino, por outro lado, falta um sistema de ensino novo para modificar as condições sociais.Discutia-se já na época, se o ensino deveria ser estatal ou privado, entendendo-se por estatal aquele que se encontra sob o controle do estado, no entanto a intervenção do estado não é absolutamente indispensável, Massachusets o ensino já era municipalizado e o estado participava com uma modesta contribuição financeira.Marx acreditava que o ensino poderia ser estatal, sem no entanto estar sob controle do estado, o qual poderia nomear inspetores para vigiar o cumprimento da lei, sem entrometer-se diretamente no ensino.Estes inspetores podem ser encontrados ainda nos dias de hoje em nossas escolas, porém com outra denominação, porém a função deveria ser a mesma.será que eles cumprem seu papel de fiscalizar ou se rendem ao sistema por falta de capacitação ou medo de perder o cargo, que geralmente é por indicação política?Continuaram as discussões a cerca do ensino obrigatório e cabeira ao congresso decidir.O fato das crianças e mulheres não serem obrigadas a trabalhar não acarretaria em redução de salários e todos colocariam em prática.Havia ainda quem discordasse com o fianciamento do ensino por parte do estado e exigia que o ensino superior fosse pago.No conselho geral do AIT em agosto de 1869, foram levantadas e posto em discussão, além da gratuidade do ensino, a ratificação da resolução do Congresso de Genhebra, que exigia a combinação do trabalho intelectual com o fisico, assim como que nas escolas só se deveria ensinar gramática, ciências naturais e outras disciplinas que não levariam os alunos a conclusões sobre religões, partidos ou classes, deixando as mesmas para quando adultos e para os adultos.Não estará ai o maior obstáculo para alcançarmos as mudanças?Devemos orientar nossos alunos, enquanto crianças , para serem capazes de pensar e refletir sobre sua realidade, para que eles construam seu futuro, organizem a sociedade que querem fazer parte.


.:: comentários: