quinta-feira, janeiro 11, 2007

:: ECS 11 - Grupo H


Reflexões sobre educação no Brasil

O desenvolvimento do sistema educativo brasileiro vem desde o começo do século passado, sendo marcado por períodos de conflitos entre diferentes grupos sociais: 1934 - 1962: discussões entre católicos e leigos sobre as orientações da política educativa; movimentos progressistas e leigos defendem a escola pública; igreja católica defende as escolas particulares, com concepção religiosa e humanista; introdução do pensamento pedagógico liberal; promulgação da LDB, porém não houve avanços, as comunidades desfavorecidas e a população continuaram fora da escola. 1962 ? 1964: período breve, marcado por lutas sociais, movimentos de educação popular, movimento da educação básica (MEB) e alfabetização de adultos por Paulo Freire. 1964: advento do regime militar, suspensão das campanhas de alfabetização popular, política educativa tecnicista centrada nos conceitos de racionalidade, eficiência e produtividade. Anos 80: retorno da democracia, democratização do ensino, permanência das crianças desfavorecidas na escola. Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). No Brasil, a escola ainda é considerada um produto social desigualmente distribuído, com uma divisão de padrões que levam em consideração as características de sua clientela, sexo, classe social, etnia, cultura, entre outros, visando à formação de cidadãos iguais.
Apesar desta longa história de debates e questionamentos sobre educação, pouco ou quase nada ficou definido. A educação brasileira permanece com um sistema fragmentado. Um exemplo disso são as diferenças e disparidades existentes entre regiões do nosso país, mais especificamente entre nordeste e sul. Com tantas reformas e mudanças, percebemos ainda a grande divisão existente na educação, na qual temos a escola particular para uma minoria favorecida e a escola pública para a maioria desfavorecida. O que se percebe é que a educação pública está à beira de um colapso, apesar de toda legislação vigente e de discursos políticos onipresentes, a rede pública padece de inúmeras dificuldades.
A qualidade da rede pública depende da política pública desenvolvida no plano municipal, estadual e federal. Comparando-se as escolas particulares a rede pública difere-se, em nossa opinião, apenas nas condições e acesso as inovações e recursos disponíveis, não podendo os mesmos serem considerados pré-requisitos para uma educação de qualidade. A qualidade do ensino depende da forma como os profissionais conduzem seu trabalho e quais objetivos pretendem alcançar. Muitos programas, leis e movimentos já existem e ainda poderão ser criados, no entanto nenhum terá êxito enquanto não for do interesse das classes dominantes que preferem não formar cidadãos pensantes, atuantes e críticos, em busca de mudanças, pois isto seria inconveniente e poderia atrapalhar seus propósitos. Diante de todas estas inquietações, cabe a nós educadores promovermos situações em que nossos alunos, tenham oportunidade de praticar suas habilidades para então, exercer sua cidadania, de forma consciente e crítica com o intuito de transformar nossa sociedade.
Embora não seja uma ação tão revolucionária, não resta dúvida de que a escola desempenha papel importante no processo de conscientização das novas gerações a respeito dos problemas a serem enfrentados. Em última análise, é a sociedade que educa através de todos os agentes sociais: pessoas, famílias, grupos informais, escolas, igrejas, clubes, empresas, associações, entre outros.
Acreditamos que a idéia de educação deve estar intimamente ligada às de liberdade, democracia e cidadania.
Componentes do Grupo H:
Aline V. Leal
Denise de Andrade
Dione Pires
Emília da Costa
Fabiana V. Leal
Maria Helena Machado
Sandra Werlang
Tânia Dutra


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